Simulado de emergência reúne mais de 400 pessoas no Jardim Sonia em Mauá

Simulado de emergência reúne mais de 400 pessoas no Jardim Sonia em Mauá

*Imagem meramente ilustrativa, não representa a situação real

Na terça-feira, mais de 400 pessoas se juntaram para participar do Simulado de Emergência no Jardim Sonia, em Mauá. O evento foi uma parceria entre o COFIP, que reúne indústrias do Polo do ABC, e a equipe da Defesa Civil da Prefeitura.

O simulado aconteceu em um trecho do bairro que inclui a rua Zequinha de Abreu, entre as ruas Augusto Carneiro e Vicente Celestino. Durante a atividade, a Viela João Carçola ficou interditada por um tempo. O Jardim Sonia Maria é um bairro onde muita gente já está aposentada ou tem mais de 60 anos. Muitos desses moradores também fazem parte do grupo de voluntários do Nupdec, que é o núcleo local de proteção e defesa civil.

O vice-prefeito João Veríssimo fez questão de agradecer a todo mundo envolvido e lembrou que, para diminuir os impactos de uma emergência, é preciso organização, esforço conjunto e tecnologia. Segundo ele, só assim dá para garantir que todo mundo passe pelo menor sufoco possível.

Como foi o simulado

Tudo começou com a simulação de um vazamento de fumaça alaranjada, acionando a sirene de alerta na Braskem. Quem mora perto sabe bem o susto que uma sirene dessas pode dar, mesmo sendo só um treino.

De acordo com o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC), quem coordena esse tipo de situação é a autoridade da Defesa Civil. Em Mauá, o responsável é o secretário Sergio Moraes, que colocou todas as equipes para agir. Ele comentou que, quanto mais treinado todo mundo estiver, mais preparado o bairro fica para qualquer emergência. É aquela velha história: melhor se preparar para o pior, esperando que nunca aconteça. E como o pessoal já participa de treinamentos com frequência, cada um sabia direitinho o que precisava fazer.

Mobilização dos moradores e voluntários

Durante o exercício, vários voluntários circularam pelo bairro conversando com os moradores, explicando como deveriam evacuar e indicando o caminho mais seguro até o ponto de apoio, que ficou na quadra da Viela João Carçola. Tem coisa mais valiosa que ouvir de quem mora ali há décadas? A Ivone Garcia, que vive no bairro há 51 anos e faz parte do Conselho Comunitário Consultivo, contou que conhece bem o funcionamento das empresas da região. Para ela, esse tipo de simulado ajuda a acabar com certos medos e desconfianças, além de mostrar como funciona a segurança no dia a dia.

Participação das equipes de emergência

Enquanto isso, equipes da Defesa Civil, Guarda Civil Municipal, Corpo de Bombeiros, SAMU, Trânsito, Centro de Proteção Animal e Polícia Militar estavam rodando pelas ruas ao redor da empresa. Os agentes do Plano de Auxílio Mútuo (PAM), que reúne empresas do Polo Petroquímico, também foram para a quadra. Lá, montaram uma base para coordenar e avaliar tudo o que estava acontecendo. O Carlos Roberto Barbeiro, coordenador do Cofip, comentou que o objetivo do simulado é testar na prática tudo o que já foi treinado com a população, escolas e equipes. Ele destacou também como essas ações ajudam diferentes órgãos públicos e privados a trabalharem juntos.

Atenção especial para quem precisa

As equipes da Unidade Básica de Saúde do Jardim Sonia Maria ajudaram a identificar moradores acamados ou com dificuldade de locomoção, garantindo que ninguém fosse deixado para trás durante a evacuação. É aquele cuidado que faz toda diferença em situações de emergência.

Escolas participando ativamente

Cerca de 300 alunos da Escola Estadual Maria Josefina K. Flaquer participaram da evacuação e tiveram um treinamento prático com o pessoal do PAM. Eles aprenderam na prática algumas técnicas de primeiros socorros, como o que fazer em caso de engasgo ou desmaio. A Lorena, de 14 anos, achou interessante, mas comentou que os colegas poderiam ter ido mais rápido. Já a Beatriz, também de 14, disse que é importante saber o que fazer, já que muita gente ali mora perto da Petroquímica. Quem nunca passou por um simulado desses na escola, né? Sempre tem aquela mistura de ansiedade e curiosidade.

Atuação da Cetesb e de outras equipes

A Cetesb, que é a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, chegou logo no início para monitorar o vazamento simulado, conferir a qualidade do ar e avisar quando tudo estava sob controle. O químico João Carlos Mucciacito reforçou como esse tipo de exercício é importante, mesmo que todo mundo torça para nunca precisar de verdade. Segundo ele, o principal é mostrar que a população pode contar com as equipes certas, caso algo aconteça.

Além disso, o simulado teve apoio da Defesa Civil do Estado, de equipes de Rio Grande da Serra, radioamadores do grupo Hear, da Casa Militar, Escola de Enfermagem Grau e outras instituições, que garantiram equipamentos e suporte para toda a operação. Esse tipo de ação mostra que, com todo mundo junto, a resposta em emergências pode ser rápida e eficiente.